quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Água de Torneira


A Tap’dNY é uma água mineral diferente de todas as águas que você já ouviu falar. Ao contrário das chiliquentas águas de geleira, ela é água de torneira da cidade de Nova York. Para quem não sabe, a água de torneira de NY é a água de torneira mais pura do mundo e por isso a Tap’dNY se posiciona como uma água ecologicamente correta e que reforça o estilo Nova York de ser. Eles pregam que até hoje toda a água vendida no mundo é captada de forma irresponsável e a melhor forma é tomar a água de de torneira (tap water). Além disso, eles incentivam que você use a garrafa como refil, ao invés de comprar outras. No site eles ainda apresentam diversas justificativas porque você deve tomar água da torneira (não se esqueça que as justificativas só valem para Nova York e não para o Brasil).

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Corte perfeito

O corte presunto, essencial para dar à carne uma gordura, textura, aroma e paladar únicos, é um trabalho longo e rico em tradição que, pelas mãos do mestre Nico Jiminez, se vai desvendando. Foi o que aconteceu no curso “Corte de Presunto Ibérico”, que se realizou no passado mês de Outubro, em Lisboa, com organização das Edições do Gosto e patrocinado pela Embajada de España e Junta de Extremadura.


Desfrutar das qualidades de um bom presunto é saber cortá-lo correctamente. E com o utensílio adequado. O corte perfeito é aquele que funde o utensílio com o presunto, transformando o trabalho de um profissional em arte. Quem o diz é o espanhol Nico Jiménez que entrou para o Livro dos Recordes ao cortar a fatia de presunto mais longa do mundo. Um trabalho de muita precisão e paciência, que permitiu a Jiménez apresentar uma fatia de 13 metros e 35 centímetros de comprimento.


Uma peça bem cortada de presunto ibérico, de uns sete quilos de peso, pode proporcionar até uns 35 pratos de presunto.


Segundo o especialista, a primeira regra é cortar sempre o presunto à temperatura ambiente. A peça deve ter uma temperatura de 23ºC e o corte realizar-se no momento do consumo, para que não se percam propriedades. A higiene do local é, claro, fundamental.

Se o presunto é para se consumir rapidamente, começa-se pela maça principal. Coloca-se o presunto na tábua, com a pata para cima, e com a ajuda da faca jamonero começa-se a cortar fatias finíssimas, quase transparentes, com um corte perpendicular à pata e circular à altura do presunto. As fatias não deverão ter mais de seis a sete centímetros. Quando se aproxima do osso fémur, os cortes serão tangentes a ambos os lados do osso.

O segredo é os cortes serem sempre paralelos entre si, deixando à vista uma superfície limpa, plana e sem estrias. Conforme se vai avançando no corte, a superfície de corte aumenta com maior quantidade de carne magra. A partir desse momento, é conveniente cortar fatias de toda a zona de corte e de forma uniforme, para evitar a curvatura da peça.


Chegada à altura do osso da cadera (osso da coxa), deve-se desprender a carne do osso para se conseguir um corte limpo. Faz-se um corte incisivo à volta do osso e continua-se o corte da contra-maça. Utiliza-se uma faca pequena e forte (puntilha). O corte desta zona deverá ser o mais direito possível e, se necessário, pode inverter-se o sentido do corte para nivelar ou igualar a peça.


Segue-se a extracção da carne da zona superior da cana. Para tal, extrai-se o osso perónio com um corte profundo e fazendo de alavanca. O presunto que se obtém destina-se mais à culinária por ser uma zona fibrosa e seca.

Uma vez obtida toda a carne da massa principal do presunto, segue-se para a babilla. Esta zona é menos rugosa do que as outras, pelo que a carne terá uma percentagem inferior de gordura.


A última zona de corte é a culatra, talvez a mais difícil de cortar face à dificuldade em conseguir que o presunto fique estável no jamonero. Por fim, podemos aproveitar a carne mais chegada ao osso para utilizá-la em guisados. O osso também pode ser usado para caldos.

Texto: Sónia Alcaso